Você se Lembra?

Você se Lembra?

domingo, 28 de maio de 2017

Mario de Andrade em Santarém, 1927



Relíquia fotográfica
Em Santarém, o escritor Mário de Andrade deixou-se fotografar na praia em frente à cidade (hoje, praça do Pescador). Ao fundo, o casario da rua dos Mercadores (hoje, rua Lameira Bittencourt). Foto tirada em 24 de julho de 1927.

Dessa viagem resultou "O Turista Aprendiz", um dos mais importantes livros de “descobrimento” do Brasil, foi escrito em forma de diário, com informalidade, humor e elevada percepção para o prosaico e o inusitado, para narrar duas viagens de Mário. A primeira em companhia da aristocrata do café e mecenas dos modernistas, Olívia Guedes Penteado, de sua sobrinha Margarida Guedes Penteado e de Dulce do Amaral Pinto, filha de Tarsila do Amaral, pintora do célebre Abaporu. O périplo se inicia em maio de 1927 e dura três meses. Do Rio de Janeiro até a Bolívia e o Peru, navegando por toda a costa brasileira até Belém e depois por rios da região, entre eles, Amazonas, Negro, Solimões e Madeira. Na segunda viagem, Mário parte sozinho, em novembro de 1928, para o Nordeste, onde permanece até fevereiro do ano seguinte, para realizar seu projeto de pesquisa etnográfica. Ali é recepcionado por amigos como Ascenso Ferreira, Jorge de Lima, Cícero Dias e Câmara Cascudo. O contato, ora com a floresta, ora com o sertão, e seus diversos tipos humanos e manifestações culturais, religiosidade, folguedos, danças, músicas, quase sempre impregnados de sincretismo e superstição, causa grande impacto em nosso “turista”, consolidando uma visão de nacionalidade abrangente em oposição aos valores regionais até então majoritários.

domingo, 21 de maio de 2017

Vera Paz, não faz muito tempo, 1995

PRAIA ROUBADA - No antigo Inventário de praias de Santarém, ela estava lá. Esse fato faz lembrar o banhido poeta russo MAIOKOVSK em seu frágil poema de alerta: "...vem o ladrão pisa as flores do seu jardim e tu não dizes nada. Na noite seguinte invade tua casa, mata teu cão e não dizes nada. Finalmente, no terceiro dia, ele rápta teus filhos e não dizes nada. Por isso, não terás direito a dizer mais nada."







Fonte: José Gumercindo Rebelo