Você se Lembra?

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Santarém: Rua Lameira Bittencourt, 1962

Rua Lameira Bittencourt, 1962
Ao lado esquerdo da foto, a antiga padaria Lucy (patrimônio histórico destruído). Ao centro, a famosa mureta construída em 1931 (mais conhecida como Pau da Garça), na administração de Ildefonso Almeida. Ao fundo, o bar Mascote. Nessa época, ainda não existia a Praça do Pescador.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O passado que demolimos deixa-nos a saudade

Costumo postar, com alguma frequência, diversas fotografias de como era a Santarém do passado. Não qualquer passado, mas um passado até deveras recente pois, as fotos em questão, registram a paisagem de nossa cidade entre os anos de 1889 (bem no final do Império) e a década de 1970. A grande maioria, portanto, mostram a Santarém que existia antes do meu nascimento.

As fotos que geram maiores comentários (algumas geram boas e, até aqui saudáveis discursões) são aquelas que retratam prédios antigos que já foram demolidos ou totalmente, ou parcialmente descaracterizados com o passar do tempo.

Por isso mesmo, o “Castelo”, a antiga “Garapeira”, o antigo “Mercado Municipal”, a “Usina de Luz e Força”, o “Theatro Victoria” (nas suas linhas originais), o casario da “Rua do Comércio”, as demais fotos das ruas antigas e estreitas do “Centro da Cidade”, a antiga “Igreja de São Sebastião”, as praias da frente da cidade, o interior da “Catedral”, a antiga “Escadaria da Fortaleza”, enfim…

O passado que nos colocava como a pomposa, bonita e faceira “metrópole” do Baixo Amazonas, a Capital da foz do Tapajós. Belezas exaltadas em poesias e cantadas nas músicas que nos fazem escorrer os olhos quando longe estamos de nossa terra.

Tudo veio ao chão, tudo foi demolido, tudo virou
pó, meras lembranças, agora vistas apenas em antigas fotografias. Em benefício de quem? A troco de que?

Parece ser fácil jogar a culpa no “PROGRESSO”. Ah! O Progresso… Esse mesmo progresso que fazem muitas pessoas viajarem para o exterior a fim de admirar os bonitos prédios construídos: Castelos, Igrejas, Conventos, Praças, Casas de pessoas que fizeram algo na história.

Esse mesmo progresso que faz algumas pessoas irem tomar banho nas praias do mar do Caribe ou nas Ilhas Gregas. Que fazem as pessoas tirarem fotos em frente de “RUÍNAS” (sim, pedaços de pedra, ou alicerces de algo que foi importante na história daquele país, daquele povo europeu). Sim, parece muito fácil e até mesmo cômodo jogar a culpa no “PROGRESSO”. 
 
Esse mesmo “PROGRESSO” que quer transformar nossas praias em pistas de corrida, nossos lagos em portos, nossos casarões em estacionamentos, nossas praças em camelódromos, nosso passado em fachadas, ou ruínas, ou nem sequer isso. Parecemos invejar tanto a cultura dos outros e esquecemos de que eles, a quem invejamos, guardam o seu passado para ostentar com orgulho o tempo presente.

Afinal de contas, porque será que, para nós, parece ser tão difícil conviver com o passado em vista de um melhor futuro? Ou será que teremos que fotografar e filmar o que ainda temos para que daqui a 10, 20, 30 ou mais anos podermos postar as mesmas para escorrer uma lágrima de saudade de nossos olhos.

Sidney Canto
 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Os táxis de Santarém

Na década de 70, em Santarém, os táxis eram do tipo Rural Willys, e sem taxímetro. O preço da "corrida" era acertado antecipadamente entre condutor do veículo e passageiro. Os pontos de estacionamento eram em frente ao Centro Recreativo e na Praça da Matriz.