Você se Lembra?

Você se Lembra?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Santarém terra querida, 1935

Minha terra tão querida,
Meu encanto, minha vida,
Santarém do meu amor,
Deus te deu tanta riqueza,
Enfeitando a natureza
Que inspira o teu cantor.
Que saudade a gente sente
Quando está da terra ausente!
Dá vontade de chorar...
Vê-se o rio cristalino,
“Rocha Negra” e “Diamantino”
desfilando no pensar!...

 
Quando à noite a lua cheia
Vem brilhar na branca areia
Da formosa “Salvação”,
O cantor faz serenata,
Entre o rio e a verde mata,
Ponteando o violão!...
E se a noite está serena
Vai cantando até a “Lorena”.
Que saudade isto me traz!...
Recordando os teus encantos
Dos meus olhos correm prantos
Recordar é sofrer mais.

 
Vi em sonhos encantados
Teus eternos namorados:
Amazonas, Tapajós.
Paralelos no caminho
Disputando o teu carinho
Numa luta tão feroz.
“Ponta-Negra” entre os dois rios
tem suaves amavios
que eu recordo a soluçar...
Santarém fica defronte,
E as catraias formam ponte
Que ao “Trapiche” vai chegar! 

    Terra Querida - Wilson Fonseca
 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Coisas de Santarém, 1987

Uma placa em Santarém (PA), anunciando um chefe espírita indígena do Xingu, dotado de mediunidade, capaz de resolver todos os problemas materiais e espirituais. Os índios brasileiros praticavam várias formas ancestrais de possessão do espírito. Sua vida religiosa se concentrava em volta de deuses que tomavam a forma de forças naturais (chuva, rios, etc.). O sincretismo afro-americano tem tido importante influência na religião afro-brasileira.

Fonte: The University of New Mexico
Colaboração: Fragmentos de Belém
 

Os Hippies–Odilson Matos–Alter do chão (1985)


Produced by Odilson Matos
Special participation: Sebastião Tapajós


The Flower-power songs are:
01. Praça da Matriz (Emir Bemerguy / Vicente Fonseca)
02. Piracaia (José Wilson / Wilson Vicente Fonseca)
03. Alter do Chão (Emir Bemerguy / Odilson Matos)
04. Terra Querida (Wilson Fonseca)
05. Exaltação À Monte Alegre (Odilson Matos / Sebastião Tapajós / Saint Clair)
06. Canção da Minha Saudade (Wilmar Fonseca / Wilson Fonseca)
07. Lenda da Paitunaré (Rosaurino Azevedo / Os Hippies)
08. Maria José (Raul Sarmento / Odilson Matos / Sebastião Tapajós)
09. Luar de Santarém (Sebastião Tapajós / Yamanouch)
10. Canção da Vera Paz (Emir Bemerguy / Vicente Fonseca)
11. Carimbó do São  Francisco (Regionaldo Salgado / Os Hippies)
12. Carimbó do São  Raimundo (Regionaldo Salgado / Os Hippies)


Fonte: Parallel Realities Studio

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Vista aérea da Praça de São Sebastião, 1935


A diretoria da festividade de São Sebastião, tendo à frente o sr. Antônio Reça, construiu sem auxílio financeiro da Municipalidade, um coreto em madeira de lei na praça Barão de Santarém, artisticamente superior, embora menor, ao da praça principal da cidade (Praça da Matriz), era motivo de orgulho para os moradores do Bairro da Prainha. A sua demolição remonta ao tempo do aniquilamento da antiga capela de São Sebastião (década de 60) e da reforma da respectiva praça (1977).

Texto: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca
Foto: University of  Wisconsin-Milwaukee
Colaboração: Fragmentos de Belém
 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Santarém: Café Chic, 1910

A primeira fábrica de gelo em Santarém foi da iniciativa do sr. R. Benjamim Caetano Corrêa, na primeira década do século passado, instalada no prédio localizado no cruzamento da antiga rua " Lauro Sodré" (hoje, Siqueira Campos) com a travessa dos Mártires. Aí, sob a denominação de "Café Chic", desenvolvia-se a organização de comércio e indústria do referido sr. Benjamim, composto de grande pensão, fábrica de gelo, botequim e bilhares. Talvez provocado pela crise da borracha, esse complexo acabou restringindo-se ao movimento de bar e bilhares, fechando-se a pensão e sendo desativada a fábrica de gelo.

Texto: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca
Foto: Indicador Illustrado do Estado do Pará, 1910
Colaboração: Fragmentos de Belém

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Visita do presidente Ernesto Geisel as obras da Usina Hidrelétrica do rio Curuá-Una, 1975


Brasil hoje n. 113
Visita do presidente Ernesto Geisel as obras da Usina Hidrelétrica do rio Curuá-Una, em Santarém.
Presentes os ministros Hugo Abreu e Shigeake Ueki.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Santarém: Orla da Adriano Pimentel, 1960

Santarém era a única cidade da Amazônia que não tinha carapanã. Não tinha mesmo! Recordo-me que quando o médico sanitarista Dr. Ruy Soares foi instalar o primeiro Posto Sanitário do recém-criado Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) na cidade, comentou: "Esta cidade é privilegiada. O único foco (o laguinho) que poderia enchê-la de pernilongo fica contra o vento". É que o vento, que sempre sopra para o Oeste, levava o possível carapanã da lagoa para o outro lado da cidade.

Texto: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Santarém: Rua 24 de Outubro

               Ontem (1960) e hoje

Santarém: Rua 24 de Outubro, 1960

Rua 24 de Outubro: Primitivamente era conhecida pelo nome de "Caminho dos Índios". Depois, ela mudou de nome e passou a chamar-se Rua da Alegria. E assim foi por longos anos. 
Com os festejos comemorativos ao primeiro Centenário da elevação de Santarém à categoria de cidade, em 1948, ela passou a ser denominada oficialmente Rua 24 de Outubro.

Texto: Santarém, Logradouros Públicos de Wilde Dias da Fonseca