Você se Lembra?

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quarta-feira, 26 de março de 2014

Santarém: O Mirante do Tapajós

O Mirante do Tapajós: Era lá ficava a extinta Fortaleza do Tapajós. Na década de 1950, o Padre Manuel Rebouças Albuquerque mandou fazer, às suas expensas, um busto em bronze de Frei Ambrósio Philipsenburg, de quem foi discípulo. Esse busto depois foi colocado pela Municipalidade na pracinha anexa à Praça Monsenhor José Gregório ( em frente ao Centro Recreativo ), a cuja pracinha foi dado o nome de Bulevar Frei Ambrósio.

Aproximadamente vinte anos mais tarde, como houvesse sido construída uma praça em frente ao Colégio Frei Ambrósio ( considerando como "frente" o lado que dá para o rio), decidiram transferir para ali o busto do ilustre franciscano. Isto foi feito em noite festiva, com desfile transportando o busto do frade para o novo local. Presidiu o ato, além de autoridades municipais, o Bispo Dom Tiago Ryan. Eu, por ter sido discípulo de Frei Ambrósio e ex-aluno do "Frei Ambrósio", fui convidado para ser o orador oficial do ato solene. A parti dali, a pracinha foi dado o nome de Mirante do Tapajós, pelo fato de que, dali, se descortina, com maior amplitude, o belíssimo espetáculo do encontro dos rios rios: Tapajós e Amazonas.

Texto: Santarém, Logradouros Públicos de Wilde Dias da Fonseca

terça-feira, 25 de março de 2014

A Fortaleza do Tapajós

   O estabelecimento das missões religiosas tinha não somente o cunho social e religioso, mas também o político. Instalada uma missão na Amazônia, significava que até àquele local ia o domínio de Portugal. Cuidaram, então, os portugueses, de fortificar militarmente determinados pontos, considerados, na época, estratégicos. Franceses, ingleses, holandeses e espanhóis eram inimigos em potencial e convinha mantê-los a distância.
        Instalada a missão do Tapajós em 1661, trinta e seis anos depois era inaugurada a sua "Fortaleza do Tapajós".
        Francisco da Costa Falcão, português de grande fortuna, propôs ao governo de Lisboa construir fortificações pela Amazônia, à sua custa, sob uma única recompensa: a de ser nomeado comandante dessas fortificações, com o posto de capitão.
        A proposta de Falcão foi aceita, tendo este iniciado a construção do forte na aldeia dos Tapajós, em 1693. Morreu, entretanto, durante o empreendimento. As obras prosseguiram sob a administração de seu filho Manoel da Mota de Siqueira.
        A fortaleza Foi inaugurada, em 1697, embora não estivesse ainda totalmente concluída.
        Como recompensa por ter edificado três fortalezas, a de Óbidos, a do Paru e a do Rio Negro, e de terminar a de Santarém, deu, o rei de Portugal, a Manoel da Mota de Siqueira, o comando de um dos fortes, à sua escolha, por "três vidas", isto é, por três gerações. Siqueira optou pela de Óbidos.
        Entretanto, já em 1749, a fortaleza estava a exigir sérios reparos, conforme verificara o mestre de campo José Miguel Aires, em visita de inspeção.
        Em 1762, o governador Manoel Bernardo de Melo e Castro delegou poderes ao engenheiro Domingos Sambucetti para reedificar a fortaleza de Santarém.
        Cumprindo sua missão, Sambucelli projetou a nova fortaleza, construindo-a em pedra e cal, obra de grande resistência e solidez.
        Novas restaurações foram feitas em anos posteriores.
        A última tentativa de recuperação do forte deu-se em 1867, quando o governo imperial mandou o capitão-engenheiro Luiz Antônio de Sousa Pitanga realizar o trabalho. Ao mesmo tempo, enviou o imperador seis peças de artilharia, calibre 6, para serem colocadas na fortaleza. Os trabalhos, porém, não foram concluídos ficando os canhões no leito da rua do Príncipe, hoje Galdino Veloso (entre as Travessas dos Mártires e 15 de Agosto), lá permanecendo por quase um século. Em 1948, quando já estavam meio soterrados, dois desses canhões foram retirados do leito da rua  e encaminhados à praça do Centenário, onde foram colocados como ornamento. Posteriormente, mais dois foram retirados para "enfeitar" o aeroporto e os dois restantes, encaminhados à sede da FAO (hoje SUDAM), no bairro da Liberdade.
        Hoje, nem mais se vislumbra o que quer que seja do antigo forte, que desapareceu por completo.
        A "Fortaleza do Tapajós" ficava na colina onde hoje está a Escola Estadual de 1º Grau "Frei Ambrósio", cuja colina era chamada de "Morro do Castelo", depois "Morro da Fortaleza" ou simplesmente "Fortaleza", como é chamada em nossos dias.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Santarém em 1932


Vídeo raríssimo de Santarém, em 1932.
Vídeo produzido pela Ford Motion Picture.

A chegada dos americanos ao Tapajós causou uma verdadeira revolução em todo o rio. Aqueles homens muito brancos, louros, de olhos azuis, falando uma língua diferente era a mesma coisa que a terra fosse invadida por seres de outro planeta (...)
(...) Em 1928 chegou a Companhia Ford Industrial do Brasil e trouxe uma era de prosperidade que prometia ser duradoura. Em fins de 1945, princípios de 1946, a Ford retirou-se do Tapajós e ele mergulhou novamente no silêncio e no esquecimento, ficando ainda mais pobre do que antes.

Texto: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós

quinta-feira, 13 de março de 2014

Catamarã Pará

Catamarã Pará, foi doado pelo Governo do Estado do Pará a Marinha do Brasil. Pertencia a estatal ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A., já extinta, onde operava na linha Belém-Manaus-Belém, classificado como Navio Fluvial de Turismo, transportando veículos, passageiros e carga.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Vista aérea de Santarém, 1957

Vista aérea de Santarém.
Mais uma foto de Santarém, encontrado no acervo da TIME LIFE.
Foto tirada em abril de 1957, pelo fotógrafo russo Dimitri Kessel para a revista LIFE.
 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Vista aérea de Santarém, 1957























Vista aérea de Santarém.
Foto tirada em abril de 1957, pelo fotógrafo russo Dimitri Kessel para a revista LIFE.
Observe na fotografia, a antiga capela de São Sebastião.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Vídeo de Santarém, 1952


Cinejornal Informativo v. 3 n. 33 (1952)
Imagens raras de Santarém, feitas pelo avião do Correio Aéreo Nacional em 1952.

terça-feira, 4 de março de 2014

Santarém: Hospital do SESP, 1960

Você Sabia?
Até 1940, aproximadamente, as ruas acima da Mendonça Furtado eram simples veredas, ainda sem a aparência de uma rua como tal. Em 1942 aqui se instalou, em boa hora, o Serviço Especial de Saúde Pública
 ( SESP ), fruto de acordo firmado entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos da América do Norte. Como obra prioritária do SESP, foi iniciada a construção de um hospital, amplo e moderno, em Santarém, em área compreendida entre as duas nascentes avenidas, ainda sem denominação.

Do acordo firmado entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, constava uma cláusula: receberiam os nomes dos dois presidentes signatários do acordo, e assim foi cumprido. À rua da frente do hospital foi dado o nome de Avenida Presidente Vargas e à dos fundos, Avenida Presidente Roosevelt e assim ficou por muitos anos. Mais tarde, creio que por desconhecimento do acordo assinado entre  os dois governos, a Presidente Roosevelt teve seu nome substituído por "Marechal Rondon".

Texto: Santarém Logradouros Públicos