Você se Lembra?

Você se Lembra?

sábado, 27 de abril de 2013

Santarém: Arraial de Nossa Senhora da Conceição

Assim eram as barracas do arraial da nossa padroeira. As barracas eram palafitas posicionadas em frente ao Centro Recreativo e a barraca da santa, também armada da mesma forma, ficava onde até hoje ela é armada. Nessa época, ainda não existia o Tapajós Bar. Década de 40.

Foto e texto: Carlos Meschede

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Santarém: Avenida Adriano Pimentel
























Você reconhece este lugar? 
Trecho da avenida Adriano Pimentel, início da década de 40. Alguns anos mais tarde, a nossa eterna pracinha.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Santarém: Atracação do primeiro navio de cabotagem, 1961

Essa foto é de 1961, mostra a atracação do primeiro navio de grande cabotagem, com se dizia na época, a atracar no velho trapiche municipal, que antes da reforma realizada pelo então prefeito Ubaldo Correia, só suportava atracações dos navios gaiolas que trafegavam somente nos rios. Antes dessa histórica atração, os navios fundeavam em frente a praça da matriz, para onde eram rebocadas as alvarengas para o desembarque das cargas trazidas de outras praças, principalmente do porto de Santos, para Santarém. Um fato curioso da época, eram os famosos "derrames", (quero ressaltar aqui que estou apenas narrando o que acontecia, não estou acusando ninguém). O derrame, eram as mercadorias que vinham embaladas em sacaria, como açúcar, café, e no desembarque, "acidentalmente" escapulia do guindaste e estourava. O seguro, quando tinha, ou o dono da mercadoria, é que dançavam, pois o açúcar do tal derrame ia adoçar o café de muita gente. Outra curiosidade, é que existiam dois sindicatos que operavam o porto, o dos Estivadores e o dos arrumadores. Os estivadores operavam o embarque e desembarque da carga no pier do porto e os arrumadores transportavam essa carga nas costas até os armazéns. O curioso é que existia a "taxa de vexame", que era cobrada quando a carga era papel higiênico e vasos sanitários. Não é sensacional.
Na segunda foto, já sendo normal a atracação dos navios, vemos o navio Volta Redonda


Foto e texto: Carlos Meschede

domingo, 14 de abril de 2013

Antigo aeroporto de Santarém





















Um Douglas DC-3 no pátio de estacionamento do antigo aeroporto de Santarém. À sua frente vemos um dos antigos canhões que decoravam o aeroporto. Esses canhões, durante muito tempo permaneceram jogados na rua Galdino Veloso, quase esquina da 15 de Agosto.

Foto e texto: Carlos Meschede

sábado, 13 de abril de 2013

Inauguração do antigo aeroporto de Santarém






















Foto da inauguração do antigo aeroporto de Santarém ( hoje conhecido como aeroporto velho ), que recebia além dos Catalinas, os Douglas DC-3, pioneiro na aviação comercial com as companhias: Panair do Brasil e Cruzeiro do Sul. Década de 40.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Desenho de Santarém, 1887

James Wells Champney foi um pintor, desenhista, ilustrador norte-americano, que visitando o Brasil, por volta de 1887, especialmente no Norte. Encantou-se com a paisagem tropical e sobre essa viagem escreveu um livro ricamente ilustrado por ele mesmo: Travels in the north of Brazil.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Santarém: Rua do Comércio, 1905























Outro ângulo da antiga rua do "Comércio" ( atual rua Lameira Bittencourt ). Foto tirada na esquina da rua Lameira Bittencourt, com a travessa 15 de Novembro.

Dos já poucos prédios de arquitetura centenária existente na nossa cidade de Santarém, o único que ainda permanecia praticamente intocável era o da familia Oliveira Campos, situado na rua "Siqueira Campos" entre as travessas 15 de Agosto e dos Mártires. É de lamentar-se as mutilações que vêm sofrendo valiosas lembranças e contribuições de nossos antepassados. Sem cerimônia, rasgam-se ou derrubam-se paredes e mutilam-se detalhes artísticos, sem que ninguém se apresente com forças capazes para deter a onda arrasadora, apesar dos protesto isolados e sem éco de uma minoria bem intencionada e amante das nossas tradições hoje tão raras.

Texto: Meu Baú Mocorongo de Wilson Fonseca.

Foto enviada pelo Blog: http://fragmentosdebelem.tumblr.com/

sábado, 6 de abril de 2013

Santarém: Rua do Comércio,1905





















Um trecho da rua do "Comércio" ( atual rua Lameira Bittencourt ). Arquitetura totalmente alterada.
Repare na casa de quatro portas, do lado esquerdo da foto. Hoje, é o armarinho Aliança e a farmácia Bandeirantes.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Estão destruindo os patrimônios históricos de Santarém


Mantendo-se espaço há quase 8 anos, honrado pela direção do jornal “O Impacto” com intenção de informar e ser útil a sociedade, nunca tive nota questionada, desmentida ou levada a Justiça para comprovação, embora as vezes fira suscetibilidade e arranhe amizades para não ser taxado de omisso diante dos absurdos que ocorrem em Santarém. Recente alertamos prefeito e secretario do Meio Ambiente da demolição de 2 imóveis históricos próximo a Praça do Pescador, com maquinas cortando morro, e tapume na frente pro povo não enxergar, dos perigos que possam causar a cidade se a terra ferida por algumas chuvas, comece desabar. Alertar é bom, mas desgastante. Os membros do Judiciário, Ministério Público, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, estudantes de engenharia e geologia das faculdades locais, CREA, Academia de Letras e Artes de Santarém, OAB e vereadores da Câmara Municipal, deviam visitar o local e virem como se destrói um patrimônio histórico diante dos olhos do poder publico que a tudo assiste calado, surdo e cego e que tem a obrigação de preservar.

Ronaldo Campos

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Patrimônio Arqueológico de Santarém

A Arqueologia na Região de Santarém
A região de Santarém possui uma longa história de ocupação. A Arqueologia tem contribuído para o conhecimento sobre o modo de vida de antigas populações indígenas que habitaram esta área. Em Taperinha, sítio localizado a cerca de 70 km a leste de Santarém, foi descoberta, pela arqueóloga Anna Roosevelt, a cerâmica mais antiga da América, fabricada há 7.000 anos atrás por grupos de pescadores e coletores de moluscos. Ainda no município de Santarém, pesquisas arqueológicas recentes, conduzidas pela arqueóloga Denise Gomes, identificaram na atual comunidade do Parauá os primeiros plantadores de mandioca da região, há pelo menos 3.000 anos atrás. Estas populações também produziam cerâmica e além da caça e pesca consumiam frutos de palmeiras, a exemplo do buriti e da pupunha. Viviam em pequenas aldeias à beira do rio Tapajós e na terra firme, nas proximidades do Lago do Jacaré, em casas de formato ovalado. Em períodos mais tardios, há cerca de 1.000 anos, cerimônias de iniciação feminina parecem ter tido grande importância. Nestas ocasiões a comunidade se reunia para comemorar a transição da infância para a adolescência das jovens, sendo que muita bebida de mandioca fermentada (tarubá) era consumida. Outros rituais que agregavam a comunidade estavam relacionados ao enterro dos mortos, que eram cremados, depositados numa vasilha cerâmica, envolta em folhas de palmeiras e depois enterrados.


Figura 1 - Escavação da unidade 1, sítio Lago do Jacaré. Comunidade do Parauá, Santarém, PA. Foto: Denise Maria Cavalcante Gomes.


Mas desde o século XIX Santarém é conhecida internacionalmente pela cerâmica bastante elaborada, produzida pelos Tapajó, grupo pré-histórico que habitava a região na época da chegada dos primeiros Portugueses. Os vasos de cariátides, os de gargalo e as estatuetas humanas, que desde então encantaram o mundo, estão presentes em museus no Brasil, Estados Unidos e Europa, assim como no Centro Cultural João Fona, em Santarém. Muitos estudos de coleções museológicas demonstraram a origem local desta cerâmica e além disso o realismo na representação de animais da floresta, das crenças sobrenaturais, dos seres míticos meio homem meio bicho, das mulheres e dos pajés que parecem ter sido tão importantes para esta sociedade.


Figura 4- Vaso de gargalo,cultura Santarém. Acervo MAE-USP.(Gomes,2002: Cerâmica Arqueológica da Amazônia, Edusp). Foto: Cláudio Wakanara.

Os Tapajó
Os cronistas registraram algumas impressões sobre o modo de vida dos Tapajó, que embora muitas vezes pareçam referências vagas, consistem nas únicas informações históricas disponíveis. No século XVII Acuna relata que os Tapajó eram guerreiros muito numerosos e temidos por seus vizinhos, devido à utilização de flechas envenenadas. Já Heriarte, outro cronista da mesma época, indica que o principal sítio ocupado por este grupo era Santarém, sendo que aí viviam muitos índios, em situação de muita fartura, e se realizavam cerimônias com a adoração de ídolos e danças com o consumo de bebidas. Ainda sobre os rituais dos Tapajó, sabemos que eles consumiam as cinzas dos mortos, misturadas à bebida. Mas o que chamou a atenção dos arqueólogos foi a descrição sobre a forma de governo dos Tapajó, com chefes de aldeias, que por sua vez eram chefiadas por um chefe maior.
Esta informação foi vista como um indicador da existência de cacicados, um tipo de governo complexo, registrado em sociedades nos Andes, no Caribe, na Mesoamérica e até mesmo na Polinésia. Outros cronistas de fins do século XVII e início do XVIII foram os missionários que vieram estabelecer a igreja católica no rio Amazonas. Geralmente mais voltados para a observação dos costumes e cerimónias religiosas indígenas, vistos como pecaminosos, os missionários também reforçaram a ideia de hierarquia social, inclusive com relatos sobre a adoração de chefes e antepassados de grande importância que depois de mortos eram mumificados.


Figura 5-Vaso de Cariátides, cultura Santarém. Acervo MAE-USP (Gomes 2002- Cerâmica Arqueológica daAmazônia, Edusp). Foto: Cláudio Wakahara.


A partir dessas informações históricas e de dados fornecidos por Curt Nimuendajú - um antropólogo que fez os primeiros levantamentos de sítios arqueológicos na região entre os anos de 1923 a 1926 - os arqueólogos começaram a interpretar Santarém como um exemplo de sociedade pré-histórica bastante desenvolvida, com a existência de grandes aldeias, de chefes poderosos, que dominava outras populações e estabelecia contatos comerciais com locais distantes. Esta hipótese vem sendo testada atualmente por meio de trabalhos arqueológicos que buscam encontrar evidências, ou provas materiais, que confirmem as questões levantadas sobre o tipo de governo dos Tapajó, seus rituais e suas formas de subsistência. Um exemplo destes trabalhos são as escavações atualmente realizadas pela arqueóloga Anna Roosevelt na área do porto da cidade de Santarém, que indicaram uma ocupação tardia, entre os séculos XIII e XIV, associada à cerâmica clássica Santarém.


Figura 6 - Estatueta de um pajé. Cultura Santarém (Acervo MAE-USP). Foto: Cláudio Wakahara.


A Preservação dos Sítios Arqueológicos
O conhecimento da antiga sociedade Santarém interessa tanto à população local, como à comunidade científica como um todo. Mas ainda há muito a ser estudado. Várias questões ainda permanecem em aberto e talvez nunca sejam completamente esclarecidas, uma vez que dependem de contextos de escavação preservados. Algumas pessoas pensam que os arqueólogos trabalham somente com peças cerâmicas escavadas. Entretanto, a atividade dos arqueólogos é bem mais ampla, pois se interessam em recuperar a forma das antigas aldeias, a distribuição das casas, áreas de atividades específicas, restos alimentares, além de aspectos da organização social e política que só podem ser inferidos a partir de uma teia de relações estabelecidas entre os objetos, as características do solo, o ambiente e os outros sítios do entorno. Sem isto não é possível construir uma interpretação arqueológica.


Figuras 7 e 8 Estatuetas masculinas em posição reclinada, representando criaturas humanas com algumas características de animais, cultura Santarém. Acervo União Federal. Foto: Bruno Cimino Ferreira Netto.


Portanto, é importante destacar a importância da preservação dos sítios arqueológicos da região de Santarém. Existe um patrimônio arqueológico na cidade de Santarém e nas comunidades do rio Tapajós que vem sendo destruído, com trabalhos de terraplanagem em áreas de sítios arqueológicos, a coleta indevida de material arqueológico por leigos e escavações clandestinas, visando comércio ilegal de peças arqueológicas. É bom lembrar que os bens arqueológicos são propriedade da União, sendo gerenciados pelo IPHAN, e o comércio de peças arqueológicas constitui crime previsto por lei, conforme os artigos 3 e 5 da Lei 3924 de 26 de julho de 1 961, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos. A comunidade em geral deve ser alertada para este problema. A solução depende não só dos pesquisadores, das autoridades e dos órgãos federais, mas da participação dos cidadãos em geral, pois o conhecimento da história local é um direito de todos. Neste sentido, os professores, alunos e as instituições de ensino são a porta de entrada para a formação de uma consciência que ressalte a importância de preservar os sítios arqueológicos e valorizar os bens culturais da região. Estes não só possuem qualidades estéticas, como as da antiga cerâmica fabricada pelos Tapajó, que documentam a existência de instituições sociais, das formas de conceber o mundo e de se relacionar com esferas sobrenaturais, mas também constituem o testemunho de sociedades há muito desaparecidas na Amazônia, das quais devemos nos orgulhar.


Para contatos com o IPHAN no Estado do Pará procurar:
2ª Superintendência Regional do IPHAN Av.GovernadorJoséMalcher n. 563 Nazaré 66035 100 Belém PA Fones: (91) 3224 1 825/ 3224 0699
Texto: Denise Maria Cavalcante Gomes.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Santarém: A enchente de 1953

Três momentos da enchente de 1953, considerada uma das maiores da história de Santarém. Na primeira foto, a Rua Lameira Bittencourt no início da enchente. A seguir, como ficaram o mercado velho e a frente da cidade durante a enchente. As fotos foram tiradas por, Vidal Bemerguy.